
Da semente à floresta, em 2023 a CI-Brasil chegou a marca de 7 mil hectares em processo de restauração.
As ambições para a restauração de paisagens e florestaasda Conservação Internacional são altas. A meta estabelecida em 2020 de restaurar 100 mil hectares até 2025 beneficiando dois milhões de pessoas e removendo um milhão de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera se mostra desafiadora. De lá para cá, o Brasil passou por um contexto político adverso para a agenda, incêndios ilegais causaram perdas florestais, e uma pandemia global paralisou as ações em campo. Apesar dos enormes desafios, desde 2021 a CI-Brasil empregou 10 milhões de mudas no processo de restauração de 7 mil hectares na Amazônia e Mata Atlântica, além da garantia do financiamento dos 100 mil hectares da meta, garantindo avanços significados na escala, velocidade e qualidade da restauração florestal do Brasil.

A restauração de paisagens é uma Solução Baseada na Natureza e está entre as principais estratégias para evitar o aumento da temperatura média global e evitar o ponto de não retorno na Amazônia. Estudos apontam que se a Amazônia perder entre 20% e 25% de sua vegetação, a floresta irá passar por mudanças irreversíveis e podendo apresentar uma formação e ambiente que mais se assemelham a florestas secas ou savânicas, o que trará consequências catastróficas para as pessoas da região e para a estabilidade climática de todo o planeta.
A CI-Brasil acredita que a restauração é crucial para enfrentar a crise do clima, conservar a biodiversidade e promover o desenvolvimento sustentável.
A Conservação Internacional atua na restauração a partir de três abordagens: políticas ambientais, mercado e paisagem. No nível das políticas ambientais estão os projetos maiores, que englobam grandes territórios, regras e regulamentos, partes interessadas e processos de tomada de decisão a nível subnacional ou nacional. No nível de mercado estão as iniciativas de organizações, empresas e mercados, diretamente relacionadas com a cadeia de valor da restauração ou com ativos, como capital e áreas, para financiar e promover a restauração. Por fim, o nível da paisagem inclui iniciativas locais, na escala-piloto, em que as diferentes técnicas de restauração são testadas e melhoradas, assim como a criação de condições que propiciam a restauração.
“Essa visão estratégica da CI-Brasil nos possibilitou avançar com nosso trabalho e pensar em formas inovadoras para implementar e financiar a restauração de paisagens no Brasil. Alcançamos em 2023 entregas relevantes, como as 1,7 milhão de mudas empregadas no processo de restauração na Amazônia e as 300 mil na Mata Atlântica, totalizando 2 milhões de mudas. Além disso, a restauração florestal cria oportunidades. Mais de 200 pessoas foram engajadas no processo de recuperação das florestas”, conta Ludmila Pugliese, gerente de restauração da Conservação Internacional.
A parceria entre Mastercard e Conservação Internacional é de grande importância não só para o meio ambiente, mas também para as comunidades locais, que trabalham diretamente no reflorestamento em áreas desmatadas. Na última visita que fizemos observamos o quanto que a comunidade local se dedica desde o incio do ciclo de vida das árvores até a sua manutenção, garantindo o crescimento das mudas de forma saudável e sustentável. Além de visitar o local e conhecer a comunidade, também conhecemos mais sobre os projetos que capacitam jovens da região para trabalharem com as sementes e mudas, tudo isso devido ao gerenciamento da Conversação Internacional em parceria com a Mastercard. Essa parceira está alinhada com nossos pilares estratégicos, e ainda colheremos muitos frutos juntos. O meio ambiente agradece.