Imagine investir R$ 30 mil reais em uma iniciativa e ter um retorno 13 vezes maior.
O fortalecimento institucional de organizações representativas de povos indígenas faz parte das frentes de trabalho da Conservação Internacional. Ao longo dos anos, essas organizações vêm buscando uma atuação cada vez mais capacitada para a gestão e execução de recursos e projetos. Nesse sentido, a CI-Brasil colabora com essa independência com investimentos que aumentam a capacidade das organizações e geram novas oportunidades de financiamento.
Quando a Conservação Internacional começou a trabalhar com a Cooperativa Agroextrativista Yawanawa (Coopyawa), a organização funcionava de uma forma diferente do que é hoje: não existia corpo técnico, tão pouco experiência com gestão de projetos e equipamentos para isso. Dentro do projeto Nossas Futuras Florestas – Amazônia Verde, a CI-Brasil e a Coopyawa trabalharam em conjunto para ir mudando essa realidade. Foram adquiridos, computadores, impressoras, instaladas placas de energia solar e construído um espaço para funcionar como sede da organização.
Paralelo a isso, pessoas foram capacitadas para compor a equipe técnica. Entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, foram investidos R$ 30 mil reais em uma oficina de elaboração de projetos socioambientais que resultou em uma proposta de projeto elaborada pela equipe técnica da Coopyawa para o desenvolvimento de ações voltadas para gestão territorial, governança e fortalecimento de cadeias produtivas. Inscrito para o Copaíbas, iniciativa do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), a proposta foi aprovada e em 2023 e trouxe para a Coopyawa a gestão de um projeto de R$ 400 mil, valor 13 vezes maior que o investido no curso pela CI-Brasil.
“Apoiar o fortalecimento institucional é uma forma de potencializar a autonomia das organizações indígenas e diminuir a dependência de projetos específicos. Agora a Coopyawa está capacitada e tem os insumos necessários para desenvolver iniciativas de forma independente. Sustentabilidade também é isso também. Fizemos um investimento qualificado que deu retorno positivo para a organização”, afirma Mayara Ferreira, gerente de projetos da CI-Brasil.
